quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

“Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama?” (Mc 4, 21)


Ser luz é um desafio. Deus não nos criou como pessoas apagadas, mas luminosas, pois trazemos a centelha de seu Amor Divino. Amados por Deus, temos a capacidade de amar os nossos irmãos. E isto não é uma coisa complicada de se fazer, não exige projetos monumentais, mas exige as mais básicas virtudes do dia a dia: educação, paciência, carinho, laboriosidade, misericórdia...

Esconder-se é fácil, mas a luz que foi acesa em nós não pode ser contida por muito tempo. Lembro que, quando criança, ouvindo o Evangelho de hoje, eu imaginei o que seria colocar uma vela debaixo da cama: Incêndio! Catástrofe! Palmadas e castigo! O universo infantil é ingênuo, mas traz consigo uma verdade profunda.

Quem nasceu para ser fonte de água viva, rio caudaloso de graças, não pode ser dique ou barragem. A fúria de um rio pode ser canalizada, mas não completamente contida. Muita gente é infeliz porque tem medo de se dar, de ser luz. Ou então, porque vive ressentida pelo que os outros não fazem. Jesus nos convida à alegria de sermos generosos.

Catecismo 953: “Na comunhão dos santos, 'ninguém de nós vive e ninguém morre para si mesmo' (Rm 14, 7). (...) 'A caridade não procura seu próprio interesse' (1Cor 13, 5). O menor de nossos atos praticado na caridade irradia em benefício de todos os homens, vivos ou mortos, que se funda na comunhão dos santos. Todo pecado prejudica esta comunhão”.

Francisco: Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-los a nós para que sintam o calor da nossa presença, da amizade e da fraternidade. Que o seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo”. (MV, 15)


São Bento: Exerçam, portanto, os monges este zelo com amor ferventíssimo, isto é, antecipem-se uns aos outros em honra. Tolerem pacientissimamente suas fraquezas, quer do corpo quer do caráter; rivalizem em prestar mútua obediência; ninguém procure aquilo que julga útil para si, mas, principalmente, o que o é para o outro”. (Regra 72: Do bom zelo do monge, 3-7)

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