“Escutai! O semeador saiu a semear”. (Mc 4, 3)
Nossa vida admite duas contabilidades diferentes: a
contabilidade do semeador, que é generoso, que gasta tudo e já entregou sua vida a um
projeto único, sem direito a remorsos; e a contabilidade do terreno, que é
calculista. O dilema do calculista é a indecisão: onde gastarei minhas
energias? Nas preocupações da vida ou no fruto? Na tribulação ou na semente? Com
satanás ou com a fecundidade?
Na verdade, a generosidade só aparece em um coração que
se decidiu. Por que o semeador gasta tantas sementes? Porque ele não cobiça
outro campo. Este é o convite de Jesus: Decida-se! Queira o Reino! Ame a Deus
sobre todas as coisas! Não olhe para trás! Apaixone-se! Gaste-se! Não dá para
economizar vida, ela se esvai. A questão é onde investir.
Muitas vezes aparecem aquelas dúvidas: Será que eu devo
tentar de novo? Fulano merece este cuidado? Por que repetir as mesmas coisas? O
trabalho sempre sobra para mim? São os pensamentos do calculista. O generoso é diferente.
Ele é audacioso e um pouco “sem vergonha”, é capaz de tentar sempre, e isto lhe
proporciona alegria e paz.
Catecismo 943: “Graças a sua missão régia, os leigos têm
o poder de vencer o império do pecado em si mesmos e no mundo, por sua abnegação
e pela santidade de sua vida”.
Francisco: “A
ALEGRIA DO EVANGELHO enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram
com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da
tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem
cessar a alegria. Quero, com esta Exortação, dirigir-me aos fiéis cristãos a
fim de os convidar para uma nova etapa evangelizadora marcada por esta alegria
e indicar caminhos para o percurso da Igreja nos próximos anos”. (EG, 1)
São Bento: “Que há
de mais doce para nós, caríssimos irmãos, do que esta voz do Senhor a
convidar-nos? Eis que pela sua piedade nos mostra o Senhor o
caminho da vida”. (Prólogo da Regra, 19-20)
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