"Quem me segue não andará nas trevas" (Jo 8, 12)
Sempre gostei de me colocar no lugar daqueles que ouviram
Jesus em seus discursos. Ele é surpreendente para a sociedade de hoje, que já o
conhece há 2000 anos, imagine “naquele tempo”! O Evangelho diz alguma coisa
sobre seus ouvintes e o que as palavras de Jesus despertavam neles: acusação,
espanto, penitência, indiferença, alegria..., e até tristeza.
Tenho certeza, porém, que nunca faltarão os que se
maravilham diante das palavras de vida eterna: "Eu sou a luz do mundo. Quem me
segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”.
Tem coisas na vida que não dá para improvisar. O encantamento
é assim! Para se deixar prender pelas palavras de Jesus é necessária uma busca
constante por caminhar na luz. Na verdade, quem experimenta caminhar na luz se
sente seguro, e as trevas perdem o seu “encanto”. Só o fato de ouvir falar da
luz já traz conforto ao coração. - Jesus, não me deixe nas trevas! Vem, seja a
minha luz!
Catecismo 748: “‘Sendo Cristo a Luz dos Povos, este
sacrossanto Sínodo, congregado no Espírito Santo, deseja ardentemente anunciar
o Evangelho a toda a criatura e iluminar todos os homens com a claridade de
Cristo que resplandece na face da Igreja’. É com estas palavras que começa a ‘Constituição
dogmática sobre a Igreja’ do Concílio Vaticano II. Com isso, o Concílio mostra
que o artigo de fé sobre a Igreja depende inteiramente dos artigos concernente
a Cristo Jesus. A Igreja não tem oura luz senão a de Cristo; segundo uma imagem
cara aos Padres da Igreja, ela é comparável à lua, cuja luz toda é reflexo do
sol”.
Francisco: “Temos necessidade desta luz, que vem do Alto, para
corresponder coerentemente à vocação que recebemos. Anunciar o Evangelho de
Cristo não é uma opção que podemos fazer de entre muitas, nem é uma profissão.
Para a Igreja, ser missionária não significa fazer proselitismo; para a Igreja,
ser missionária equivale a exprimir a sua própria natureza: ser iluminada por
Deus e refletir a sua luz. Esse é o seu serviço. Não há outra estrada. A missão
é a sua vocação, refletir a luz de Cristo é o seu serviço. Quantas pessoas
esperam de nós este serviço missionário, porque precisam de Cristo, precisam de
conhecer o rosto do Pai!” (06/01/2016)