terça-feira, 6 de setembro de 2022

26 de setembro - Dia de são Cosme e são Damião

 - 26 de setembro -
Dia de são Cosme e são Damião




A verdadeira história de são Cosme e são Damião.



Afinal de contas... Podemos ou não distribuir e comer doces no dia dos santos Cosme e Damião?

        Em primeiro lugar, esta distribuição de doces não é de origem cristã, como explica a matéria compartilhada acima. De modo que, o cristão que não se sentir à vontade em aprovar e participar desta tradição tem toda a liberdade e não deve, de modo algum, ser coagido a ela por nenhum argumento.

        Entretanto, também é verdade que isso nunca foi um problema para o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Muitas práticas sociais pagãs passaram a ser cristãs, quando os símbolos mudaram o seu significado e passaram a levar a mensagem de Cristo, ou seja, quando as sociedades passaram a crer em Jesus Cristo, mas conservaram suas festas e quitutes, costumes e tradições. Por exemplo, você conhece alguém que esteja celebrando o "Sol invicto", festa romana, porque celebra o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo em 25 de dezembro? Ou então, que esteja realizando um ritual celta por acender uma fogueira no dia de são João? Ou pensa ainda que os sacerdotes não deviam usar mitras, alvas e estolas, indumentárias pagãs, provavelmente do cerimonial das antigas falsas religiões?

        Notemos que o contrário também acontece, ou seja, festas cristãs podem ser mundanizadas e, inclusive, paganizadas como a depreciação da véspera da Solenidade de Todos os Santos no Reino da Inglaterra, depois da apostasia do rei Henrique VIII (séc. XVI), que deu origem ao famigerado Dia das Bruxas: primeiro a celebração se mundanizou, o primeiro registro da palavra Halloween vem deste período, e hoje dá pé a cultos neopagãos; e o nosso conhecido Carnaval, que ostenta uma mui provável origem cristã e que vem assumindo, com cada vez mais força, símbolos e mensagens religiosas não cristãs.

        Assim, nós católicos temos duas opções: ou não participamos desta tradição, que é inegavelmente arraigada na história do Brasil e que muito bons cristãos inocentemente participaram e participam sem culpa, ou cristianizamos esta tradição mudando o seu significado original, que não é cristão. Eu tenho minha opinião, mas não vou impô-la como se fosse palavra da Igreja.


        Quando não participar?

        Quando tal participação inclui algum traço de superstição mágica, ou seja, procura algum tipo benefício espiritual ou material. Neste caso, é pecado grave que fere o primeiro mandamento da Lei de Deus. Cito o catecismo da Igreja Católica:

"Todas as práticas de 'magia' ou de 'feitiçaria' com as quais a pessoa pretende domesticar os poderes ocultos, para colocá-los a seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo - mesmo que seja para proporcionar a este a saúde - são grave­mente contrárias à virtude da religião. Essas práticas são ainda mais condenáveis quando acompanhadas de uma intenção de prejudicar a outrem, ou quando recorrem ou não à intervenção dos demônios. O uso de amuletos também é repreensível. O espiri­tismo implica freqüentemente práticas de adivinhação ou de magia. Por isso a Igreja adverte os fiéis a evitá-lo. O recurso aos assim chamados remédios tradicionais não legitima nem a invocação dos poderes maléficos nem a exploração da credulidade alheia". 
(Catecismo 2117)

        Agora, se o que se quer é somente fazer festa com as crianças, dando doces e aproveitando para recordar a história dos irmãos santos, Cosme e Damião, como o fazem muitas Paróquia do nosso estado, não há pecado nem crime nisso. Lembremos também que o dia de são Cosme e são Damião, há muitos anos, passou sua festa litúrgica para o dia 26 de setembro. Entendido?


        E quem me garante que o doce que eu receberei não é parte de ritual não cristão ou se não tem algum malefício nele?

        Não sei responder. Penso que em muitos casos não há como saber.

        Tratando-se de ser parte de um ritual não cristão, sabemos que as comidas oferecidas aos ídolos pagãos não podem nos fazer nenhum mal, segundo ensinamento de São Paulo em 1Cor 8. Resumidamente, o texto aludido diz o seguinte: os falsos deuses não são nada neste mundo, coisa nenhuma em relação a seus pretendidos poderes, e o perigo que há em participar dessas comidas é que podemos causar escândalo aos mais fracos na fé.

        É importante recordar que nem todo ritual não-cristão se encaixa na categoria de malefício. Pode ser, por exemplo, simples tradição folclórica sem objetivos mágicos, o que para um cristão já constituiria pecado grave por sua finalidade idolátrica, mas o que não é razão suficiente de afastar-se de pessoas ou objetos pertencentes a outros credos creditando-os como "contaminados", como insistem fazer algumas seitas cristãs. Se assim fosse, como nos ensina são Paulo, "teríamos que sair do mundo!" (Cf. 1Cor 5, 10). De modo que, toda e qualquer discriminação de pessoas por causa de seu credo religioso é imoral e pecado contra a caridade.


        E se houver malefício?

        Entretanto, em caso de malefício, que se entende por arte posta em ato com intenção de causar dano a outros por obra do demônio, nem seus próprios feitores as julgam como inofensivas ou banais e entre estes também há discórdias e separações por este motivo. E se o doce distribuído no dia de Cosme e Damião for veículo material para um malefício, há sim um problema a ser cuidado.

        Como o afirma a Associação Internacional dos Exorcistas em texto "Diretrizes para o ministério do exorcismo à luz do ritual vigente", aprovado por três dicastérios romanos: Doutrina da Fé, Clero e Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos; e que repete uma nota dos Bispos da Toscana, Itália:

"O malefício tem efeitos concretos e tangíveis? Pode realmente o demônio servir-se de pessoas malvadas para fazer mal a alguém?

A resposta é certamente difícil nos casos individuais, mas não se pode excluir, em práticas deste gênero, a participação do gesto maléfico do mundo demoníaco, e vice-versa. Por essa razão, a Igreja sempre e firmemente recusou e recusa o maleficio ou qualquer ação similar" (n. 86)

        E continua o texto:

"Admitidas, por fé, a existência do demônio e a possibilidade de que Deus lhe permita agir para prejudicar o homem (por exemplo, com a tentação ou com ações vexatórias, como no caso de Jó), não repugna a razão iluminada pela fé que os demônios possam agir também após a confecção de um malefício. Pelo contrário, à luz dos fins gerais que o Maligno persegue mediante os malefícios, exposto no n. 93-b, não é irracional supor que esta seja a sua modalidade 'preferida'". (n.98)


        Perdoe-me pelo texto longo, mas prefiro que, em não tratando-se de atos intrinsecamente maus, caiba à consciência cristã esclarecida pela fé o dever de tomar suas próprias decisões.

        Viva a liberdade dos filhos de Deus! 

        Viva são Cosme e são Damião (que provavelmente eu não conheceria tão bem como os conheço graças a esta tradição)!

        Viva os cristãos e cristãs que aproveitam destas tradições para evangelizar e levar alegria!

        Viva os evangelizadores que criam novas tradições, como a festa de todos os santos para as crianças, com o objetivo de purificar as festas populares!

        Em todas as coisas: Viva Jesus Cristo, Senhor e Poderoso Salvador!


        Padre José Ruy Corrêa Júnior

 Mês de setembro, mês vicentino!


- 09 de setembro - Beato Antônio-Frederico Ozanam

- 27 de setembro - São Vicente de Paulo



Você conhece o trabalho da Conferência Nossa Senhora da Glória, órgão da Sociedade de São Vicente em nossa Paróquia?



Acompanhe e compartilhe o nosso trabalho! Contamos com você!




sexta-feira, 29 de julho de 2022

Festa de Nossa Senhora da Glória - 2022



 

 

Novena permanente à Nossa Senhora da Glória

 



Oração inicial para todos os dias:

 

Ó dulcíssima soberana, Rainha da Glória, humildemente vimos a vossa presença para suplicar-vos esta graça:

(Fazer o pedido)

 Do alto do trono no qual Deus vos pôs, e desde onde reinais sobre todos os anjos e santos, volvei para nós os vossos olhos misericordiosos!

Pelos vossos merecimentos, obtém para nós o aumento da fé, da esperança e da caridade, e dai-nos a santa perseverança, para que possamos, um dia, beijar os vossos pés e unir nossas vozes às dos anjos do céu que cantam para sempre: 

“Ave Maria, cheia de graça!”

 

Versículos para cada dia. Depois de cada versículo rezar 3 Ave-Marias, 1 Pai-Nosso e 1 glória, em honra da Santíssima Trindade e do amor com o qual Maria foi honrada.


 Ø  1º dia: "Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar". (Gn 3, 15)

 Ø  2º dia: "O próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará ‘Deus Conosco’". (Is 7, 14)

 Ø  3º dia: “O anjo, aproximando-se dela, disse: ‘Alegra-te, cheia de graça! O Senhor é contigo!’”. (Lc 1, 28).

 Ø  4º dia: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!”. (Lc 1, 42-44)

 Ø  5º dia: “Desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo”. (Lc 1, 48-49)

 Ø  6º dia: "Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: ‘Eles já não têm vinho’. Respondeu-lhe Jesus: ‘Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou’. Disse, então, sua mãe aos serventes: ‘Fazei o que ele vos disser’". (Jo 2, 3-5)

 Ø  7º dia: "Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí tua mãe’. E dessa hora em diante o discípulo a recebeu como sua mãe". (Jo 19, 26-27)

 Ø  8º dia: "Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele". (At 1, 14)

 Ø  9º dia: "Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas". (Ap 12, 1)

 

Oração Final para todos os dias:

 

Augusta Rainha dos céus, soberana mestra dos Anjos, vós que, desde o princípio, recebestes de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça de satanás, nós vo-lo pedimos humildemente, enviai vossas legiões celestes para que, sob vossas ordens, e por vosso poder, elas persigam os demônios, combatendo-os por toda a parte, reprimindo-lhes a insolência, e lançando-os no abismo.

Quem é como Deus? Ninguém é como Deus!

Ó Mãe de bondade e ternura, Vós sereis sempre o nosso Amor e a nossa esperança.

Ó Mãe Divina, enviai os santos anjos para nos defenderem, e repeli para longe de nós o cruel inimigo.

Santos anjos e arcanjos, defendei-nos e guardai-nos. 

Amém.

sexta-feira, 1 de julho de 2022

- Homossexualidade e a busca pela santidade - 

Apostolado Courage


Um tema dramático e empolgante, que propõe a verdade do Evangelho para todos, sem restrições.













Ladainha do Preciosíssimo Sangue de Cristo

O texto desta litania em honra ao Preciosíssimo Sangue de Cristo foi composto pela Sagrada Congregação dos Ritos — hoje, Congregação para o Culto Divino — e promulgada pelo Papa João XXIII no dia 24 de fevereiro de 1960. A sua forma é mais antiga, na verdade, pois textos similares podem ser encontrados em livros de orações do início do século XX. Aos fiéis que a recitarem devotamente concede-se indulgência parcial.



Senhor, tende piedade de nós.

Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.


Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos.


Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.

Deus Filho, redentor do mundo tende piedade de nós.

Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.

Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.


Sangue de Cristo, Sangue do Filho Unigênito do Eterno Pai, salvai-nos.

Sangue de Cristo, Sangue do Verbo de Deus encarnado, salvai-nos.

Sangue de Cristo, Sangue do Novo e Eterno Testamento, salvai-nos.

Sangue de Cristo, correndo pela terra na agonia, salvai-nos.

Sangue de Cristo, manando abundante na flagelação, salvai-nos.

Sangue de Cristo, gotejando na coroação de espinhos, salvai-nos.

Sangue de Cristo, derramado na cruz, salvai-nos.

Sangue de Cristo, preço da nossa salvação, salvai-nos.

Sangue de Cristo, sem o qual não pode haver redenção, salvai-nos.

Sangue de Cristo, que apagais a sede das almas e as purificais na Eucaristia, salvai-nos.

Sangue de Cristo, torrente de misericórdia, salvai-nos.

Sangue de Cristo, vencedor dos demônios, salvai-nos.

Sangue de Cristo, fortaleza dos mártires, salvai-nos.

Sangue de Cristo, virtude dos confessores, salvai-nos.

Sangue de Cristo, que suscitais almas virgens, salvai-nos.

Sangue de Cristo, força dos tentados, salvai-nos.

Sangue de Cristo, alívio dos que trabalham, salvai-nos.

Sangue de Cristo, consolação dos que choram, salvai-nos.

Sangue de Cristo, esperança dos penitentes, salvai-nos.

Sangue de Cristo, conforto dos moribundos, salvai-nos.

Sangue de Cristo, paz e doçura dos corações, salvai-nos.

Sangue de Cristo, penhor de eterna vida, salvai-nos.

Sangue de Cristo, que libertais as almas do Purgatório, salvai-nos.

Sangue de Cristo, digno de toda a honra e glória, salvai-nos.


Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós, Senhor.


V. Remistes-nos, Senhor com o Vosso Sangue.

R. E fizestes de nós um reino para o nosso Deus.



Oremos:
Todo-Poderoso e Eterno Deus, que constituístes o Vosso Unigênito Filho, Redentor do mundo, e quisestes ser aplacado com o seu Sangue, concedei-nos a graça de venerar o preço da nossa salvação e de encontrar, na virtude que Ele contém, defesa contra os males da vida presente, de tal modo que eternamente gozemos dos seus frutos no Céu. Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso. Assim seja.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog/ladainha-em-honra-ao-preciosissimo-sangue-de-cristo?gclid=Cj0KCQjwtvqVBhCVARIsAFUxcRveiqlw8d0_XSggOPasQE9KH3IWUUP0Q_Vy2YngbV0qsZL3jgPiI9oaAlfwEALw_wcB



segunda-feira, 6 de junho de 2022

 


As seis torres que protegem o castelo:

algumas dicas sobre como rezar bem.

Padre José Ruy Corrêa Júnior

 

Todo bom católico sabe que precisa rezar, mas a grande maioria nunca pediu uma orientação sobre o tema.

Muitíssimos são aqueles que ostentam aquela oração corrida no final do dia, dizendo que “tudo o que faz é feito em oração”, ou que “conversa com Deus o dia inteiro”. Mas essa ideia não convence muito...

Outros são aqueles que com muito boa intenção se perdem em um monte de fórmulas devocionais aprendidas nos vários canais católicos, sem um acompanhamento personalizado. Nestes casos, o católico poderá se esquecer de que sua principal missão está na família e no trabalho profissional, e não nas madrugadas desveladas ou em outros ascetismos mais ou menos exagerados.

Não é por mal, mas nem todos os bons conselhos encaixam em todas as rotinas.

Sendo assim, que tal procurar auxílio na Tradição da Igreja? Afinal, tantos homens e mulheres: pobres e ricos, religiosos ou seculares, crianças ou idosos; encontraram seu caminho para “rezar sempre, sem nunca desistir” (Cf. Lc 18, 1).

Sendo assim, proponho aqui um conselho de padre, eco de outros escritos e mestres de espiritualidade. Pois, no que diz respeito à oração, a novidade não se dá no método, mas na prática, pois a voz de Deus é sempre fresca e jovem.

Pressuposto

Antes de tudo, é necessário estar firmemente convencido de que a santidade é um trabalho de Deus na alma. É o Espírito Santo que nos santifica. Ele nos pede colaboração, docilidade, acolhimento, querer, amor, amor e amor.

Uma vez que entramos de verdade no caminho de Cristo, então o Espírito de Deus deve tornar-se o senhor do castelo da nossa alma. Sem dúvida Ele o é. Mas os inimigos da nossa alma: a carne, o mundo e o demônio (S. João da Cruz), tentarão sempre apossar-se deste castelo. Neste caso, o Espírito Santo deixará seu posto de governo para “tomar armas” e mostrar-se como nosso Defensor.

Contudo, o ideal é que construamos uma muralha de oração para que os inimigos nunca cheguem a perturbar o núcleo do castelo de nossa alma. Pois, enquanto os ataques se concentrarem na muralha, o Senhor do castelo, Deus, poderá trabalhar tranquilamente em nossa santificação.

Esta muralha se compõe de 6 torres de guarda, que precisamos restaurar todos os dias, pois é sobre elas que cai o insistente ataque dos inimigos. São elas: a Sagrada Escritura, a oração mental, a devoção à Santíssima Virgem, a formação cristã, o exame de consciência e a oração do corpo. Com estas torres levantadas e cotidianamente cuidadas, os assaltos do inimigo não nos farão danos. 

A primeira torre: A sagrada Escritura.

Nós fomos criados pela Palavra de Deus e, por isso, a Escritura, que é uma expressão importante desta Palavra, junto com todo o resto da sagrada Tradição, nos toca particularmente.

 Precisamos ver no Texto sagrado um bom dia cotidiano de Deus. De fto, aconselho que seja o primeiro ato de piedade do dia. Acompanhado de uma oração ao Espírito Santo e terminado com um pedido de ajuda à Virgem Maria e aos santos de devoção de cada um.

Aconselho também que o fiel leia o texto proposto pela liturgia do dia: leitura, salmo e evangelho; mas que o leia de modo interessado. Capturando intencionalmente um versículo ou imagem que será sua defesa durante todo o dia.

Sempre que vier uma distração ou tentação, na aspereza do esforço ou na flacidez do tédio, poderá recordar esta palavra que guardou cuidadosamente no início de seu dia.

A segunda torre: A oração mental.

A oração mental ganhou este nome em complemento à oração vocal, que costuma ser lida em comunidade. A oração mental é aquela oração pessoal que não necessita necessariamente ser lida ou dita, poder ser que a palavra pronunciada a suporte em determinadas ocasiões, mas não é essa a sua essência.

Aconselho que, a partir do Texto sagrado lido no início do dia, se conceda a Deus 10 a 15 minutos de oração mental. Pode ser uma pergunta, uma inspiração, uma partilha, um louvor... tudo isso dirigido a Deus e de modo muito pessoal.

Não há desculpas! É necessário separar um tempo para Deus! Oxalá esse tempo chegue a 30 minutos pela manhã e mais 30 pela noite. Que deliciosa é a direção espiritual, quando ela é preparada por esta meditação diária e cada vez mais íntima!

A terceira torre: A devoção à Santíssima Virgem.

Cada dia estou mais convencido de que, ou temos devoção à Santíssima Virgem ou não temos verdadeira vida espiritual. Como é fácil ceder ao orgulho espiritual de quem acredita que pode “exigir coisas” de Deus, ou então ao desânimo e desespero, se não temos como regra e medida de nosso colóquio sagrado, o exemplo e a proximidade da Santíssima Virgem.

Experimento e explico a torre de oração que é a devoção mariana como a exposição a uma presença forte e silenciosa. Basta que sejamos conscientes da presença de Nossa Senhora para mudarmos. Mudarmos de atitude, de pensamento, de postura, de coração. Ela nos muda!

Convido sempre a que experimentemos com as incontáveis almas santas do céu a força imaterial de saudarmos Nossa Senhora com a saudação do anjo: “Ave-Maria”.

Sem dúvida, a melhor prática devocional mariana é a recitação do santo Rosário e, quando o fiel me diz que não consegue parar meia hora para rezar o terço, eu digo sempre que comece com uma dezena no início do dia, acrescente mais uma na primeira folguinha da manhã, outra mais ao meio-dia e mais uma ainda, quando sobrar mais um intervalo. E que não durma antes de rezar as dezenas que faltarem para o seu terço diário. Experimente!

A quarta torre: A formação cristã.

Temos a necessidade diária de acrescentar um pouco de conhecimento cristão em nossa inteligência. Daí vem a torre da formação cristã. Escolha um livro espiritual, algo que te agrade: uma biografia, um livro de doutrina, o Catecismo da Igreja... e leia, todos os dias, 5 minutos desta obra.

Não é necessário mais do que isso.

Sempre haverá aquele fiel com mais fôlego para ler mais. Eu não sou contrário a uma leitura mais prolongada, desde que seja diária. E, naqueles momentos em que não sobra tempo para nada... que sobre pelo menos 5 minutos de leitura espiritual.

A quinta torre: O exame de consciência.

Ao final do dia é necessário revisitar o dia que passou. Como foi? A que horas você despertou? Como foi seu dejejum? Com quem se encontrou durante o dia? Por onde passou? O que você viu e ouviu? O que fez e o que fizeram contigo?

Depois que este resumo do dia foi atualizado na memória, é importante se perguntar: Quais são os meus motivos de hoje para agradecer? Quais os motivos para pedir perdão? E, então, formule um propósito de melhora para o dia seguinte.

Já imaginou se você conseguir vencer um vício por dia? Como você estará depois de um ano de prática?

A sexta torre: A oração do corpo.

A sexta torre não é propriamente uma prática, mas uma atitude. Nós precisamos rezar com o corpo. Olhar, levantar, ajoelhar, erguer as mãos, peregrinar, jejuar... tudo isso são movimentos que conscientizam o seu corpo de que você está rezando.

Se sua posição corporal for de descanso, habitualmente, você não rezará bem. É necessário mover-se! Ou suportar uma posição determinada pela vontade, para que você reze de corpo inteiro. E esta atitude deve acompanhar todo o seu dia.

Visitar o Santíssimo, acender uma vela, praticar uma abstinência, endireitar a postura: tudo isso pode se transformar em um ato de amor. Muitas vezes é a prática do corpo que convidará a alma para a oração.

Conclusão

Espero que estes conselhos sejam úteis.

Você encontrará muitos outros diretamente do Espírito Santo, quando a oração fizer parte da sua rotina diária.

Ladainha do Sagrado Coração de Jesus

Mês de Junho, mês do Coração de Jesus



Em 1899, o Papa Leão XIII aprovou esta Ladainha do Sagrado Coração de Jesus para uso público. Sua estrutura constitui, na verdade, uma síntese de várias outras litanias que remontam ao século XVII. A versão final delas, aprovada pela Sagrada Congregação para os Ritos, perfaz um total de 33 invocações ao Coração divino de Nosso Senhor, um para cada ano de sua santíssima vida.

Quem recita devotamente esta oração lucra indulgências parciais (cf. Enchr. Indulg., conc. 22).


Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Pai celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, Filho do Pai eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, de majestade infinita, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, templo santo de Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do Céu, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e de amor, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, cheio de bondade e de amor, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, Rei e centro de todos os corações, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, no qual o Pai põe todas as suas complacências, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, de cuja plenitude todos nós participamos, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, desejado das colinas eternas, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, paciente e de muita misericórdia, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, rico para todos que vos invocam, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, propiciação por nossos pecados, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, saturado de opróbrios, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, esmagado de dor por causa dos nossos pecados, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, transpassado pela lança, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, fonte de toda consolação, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, esperança dos que morrem em vós, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, delícias de todos os santos, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós, Senhor.

V. Jesus, manso e humilde de coração,
R. Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

Oremos:
Deus eterno e todo-poderoso, olhai para o Coração do vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que Ele, em nome dos pecadores, vos tem tributado; e, deixando-vos aplacar, perdoai aos que imploram a vossa misericórdia, em nome de vosso mesmo Filho, Jesus Cristo, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amém.



 

quinta-feira, 28 de abril de 2022

AUXILIO PARA UMA BOA CONFISSÃO

 AUXILIO PARA UMA BOA CONFISSÃO

Cortesia da Comunidade Trinidade Santa à Paróquia de Nossa Senhora da Glória