sábado, 23 de janeiro de 2016

Jesus voltou para casa com os discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer”. (Mc 3, 20)


Jesus é o perfeito exemplo da prioridade absoluta do Reino de Deus. Isto faz com que os seus “lugares pessoais” sejam cada vez mais escassos. Os discípulos-missionários pertencem ao mundo, à missão, à Deus; mas, antes de tudo, pertence a si mesmo. Deus pede o obséquio da Inteligência e da vontade, mas não o impõe.

O maior empecilho para o amor não é o ódio, mas o apego possessivo: dominador, impositivo, controlador. O amor maduro é aquele que dá ao próximo o direito de se expressar, de viver, de se comunicar. A vida precisa de espaço para se dar. As personalidades egocêntricas são capazes de tornar o ar em torno a si rarefeito demais para que outro ser sobreviva sadiamente. Seu ambiente só admite parasitas e líquens rasteiros.

Os nazarenos queriam fazer com que Jesus voltasse para sua terra “porque estava fora de si”. Pergunto-me se isto aconteceria se ele não fizesse milagres... Ele viveu em Nazaré por 30 anos e foi expulso de lá depois de uma pregação na Sinagoga, mas agora, por causa dos milagres, torna-se repentinamente importante. Deus nos ajude a amar as pessoas pelo que são e não pelo que produzem.

Catecismo 1738: “A liberdade se exerce no relacionamento entre os seres humanos. Toda pessoa humana, criada à imagem de Deus, tem o direito natural de ser reconhecida como ser livre e responsável. Todos devem a cada um esta obrigação de respeito. O direito ao exercício da liberdade é uma exigência inseparável da dignidade da pessoa humana, sobretudo em matéria moral e religiosa. Este direito deve ser reconhecido civilmente e protegido nos limites do bem comum e da ordem pública”.

Francisco: “Hoje nota-se em muitos agentes pastorais, mesmo pessoas consagradas, uma preocupação exacerbada pelos espaços pessoais de autonomia e relaxamento, que leva a viver os próprios deveres como mero apêndice da vida, como se não fizessem parte da própria identidade. Ao mesmo tempo, a vida espiritual confunde-se com alguns momentos religiosos que proporcionam algum alívio, mas não alimentam o encontro com os outros, o compromisso no mundo, a paixão pela evangelização. Assim, é possível notar em muitos agentes evangelizadores – não obstante rezarem – uma acentuação do individualismo, uma crise de identidade e um declínio do fervor. São três males que se alimentam entre si”. (EG, 78)

São Bento: “Escuta, filho, os preceitos do Mestre, e inclina o ouvido do teu coração; recebe de boa vontade e executa eficazmente o conselho de um bom pai, para que voltes, pelo labor da obediência, àquele de quem te afastaste pela desídia da desobediência. A ti, pois, se dirige agora a minha palavra, quem quer que sejas que, renunciando às próprias vontades, empunhas as gloriosas e poderosíssimas armas da obediência para militar sob o Cristo Senhor, verdadeiro Rei”. (Prólogo da Regra, 1-3)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

“Jesus subiu ao monte e chamou os que desejava escolher. E foram até ele.” (Mc 3, 13)


Jesus escolhe os apóstolos não para promovê-los, mas para colocá-los a serviço. Aqui não há lugar para preferências ou afinidades, mas para a soberana e sapiente vontade de Deus. Deus sabe o que é o melhor para nós. E continua chamando operários para sua messe.

O grande problema vocacional, às vezes, são as resistências familiares. Muitos julgam que é uma demonstração de amor segurar os filhos em casa. Não entendem que isto é apego e causa um grande sofrimento para o interessado. A família deveria, sim, acompanhar o processo: interessando-se, apoiando e questionando... Na maioria dos casos, entretanto, mesmo nas famílias que aceitam a vocação de seus filhos, o que acontece é que o jovem faz um caminho muito solitário e, muitas vezes, difícil e doloroso.

Nunca nos esqueçamos de que Jesus é bom! Quando ele elege os seus, quer o bem para o indivíduo e para toda a humanidade. Famílias, não tenham medo de ouvir a voz do Espírito Santo! Àqueles que a ouvem com simplicidade, têm a coragem e as luzes de Deus.

Catecismo 2232: São importantes, mas não absolutos, os laços familiares. Quanto mais a criança cresce para a maturidade e autonomia humanas e espirituais, tanto mais a sua vocação individual, que vem de Deus, se afirma com nitidez e força. Os pais devem respeitar este chamamento e apoiar a resposta dos filhos para o seguir. Hão-de convencer-se de que a primeira vocação do cristão é seguir Jesus: «Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim» (Mt 10, 37).”

Francisco: Na origem de cada vocação à vida consagrada existe sempre uma experiência forte de Deus, uma experiência que não se esquece, que se recorda por toda a vida! Foi o que aconteceu com Francisco. E isso nós não podemos calcular ou programar. Deus nos surpreende sempre! É Deus que chama; porém é importante ter uma relação cotidiana com Ele, escutá-Lo em silêncio diante do Tabernáculo e no íntimo de nós mesmos, falar com Ele, aproximar-se dos Sacramentos. Ter esta relação familiar com o Senhor é como ter aberta a janela da nossa vida para que Ele nos faça ouvir sua voz, o que Ele quer de nós.”. (04/10/2013)


São Bento: “Procurando o Senhor o seu operário na multidão do povo, ao qual clama estas coisas, diz ainda: "Qual é o homem que quer a vida e deseja ver dias felizes?" Se, ouvindo, responderes: "Eu", dir-te-á Deus: "Se queres possuir a verdadeira e perpétua vida, guarda a tua língua de dizer o mal e que teus lábios não profiram a falsidade, afasta-te do mal e faze o bem, procura a paz e segue-a". (...)Que há de mais doce para nós, caríssimos irmãos, do que esta voz do Senhor a convidar-nos?” (Prólogo da Regra, 14-17.19)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

“Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: ‘Tu és o filho de Deus!’ Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era”. (Mc 3, 11-12)


À contra gosto, os demônios confessavam a soberania de Jesus, o Filho de Deus. Mas Jesus, imediatamente, ordenava que se calassem. O Senhor não admitia nenhum tipo de pacto com o demônio, nem mesmo quando estes o elogiavam. O nome de Jesus deve ser proclamado e louvado nos quatro cantos da terra, mas não pelos demônios.

E Tu? Serias capaz de fazer um pacto com o demônio para ter teu nome entre os mais elogiados? Tenho certeza que a maioria diria imediatamente que não!

Entretanto, a triste cena se repete: Pactos com o suborno ou com a sonegação, pessoas que sobem de cargo à custa da calúnia, da exploração ou da traição do companheiro, pactos com a corrupção e com outros tipos de crime, pactos com a mentira e a duplicidade de vida. No final da linha, sempre há um demônio pronto para te elogiar. Qual é a tua escolha?

Catecismo 1708: “Por sua paixão, Cristo livrou-nos de Satanás e do pecado. Ele nos mereceu a vida nova no Espírito Santo. Sua graça restaura o que o pecado deteriorou em nós”.

Francisco: Em um caminho de fé as tentações voltam sempre, o espírito maligno não se cansa. Quando é expulso, espera pacientemente para voltar. O maligno se esconde e depois, vem com seus amigos muito educados, bate à porta, pede licença, entra, convive com o homem na sua vida diária e pouco a pouco, dá as instruções. Com este modo educado, o diabo convence a fazer as coisas com relativismo, tranquilizando a consciência. (Homilia, 09/10/2015)


São Bento: “que não faz o mal ao próximo e não dá acolhida à injúria contra o seu próximo". [28] É aquele que quando o maligno diabo tenta persuadi-lo de alguma coisa, repelindo-o das vistas do seu coração, a ele e suas sugestões, redu-lo a nada, agarra os seus pensamentos ainda ao nascer e quebra-os de encontro ao Cristo”. (Prólogo da Regra, 27-28)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

“Havia aí algumas pessoas espiando, para verem se Jesus ia curá-lo em dia de sábado, e assim poderem acusá-lo” (Mc 3, 2)


Além do drama pessoal da enfermidade e da grave tensão que sentia em ser ou não curado, o homem do evangelho de hoje ainda sofria a exposição de suas misérias ao juízo do grande público. Só Jesus se preocupava realmente com a dor daquele homem, e com a de todos os homens.

A popularização dos meios de comunicação audiovisuais, infelizmente, não popularizou a compaixão de Jesus. Tem sempre alguém querendo “dar uma espiadela” na vida alheia, mas com pouca misericórdia. Antes os “fofoqueiros de plantão” iam ao Templo, ou à janela da vizinha. Hoje, vigiam no anonimato cômodo do lar: “Com quem está fulano?”, “como se veste?”, “onde viajou?”...

Por outra parte, que necessidade há em “postar” tudo? Há duas virtudes cristãs, um pouco fora de moda, que precisam ser reestudadas: a modéstia e o pudor. Preservar a intimidade é cristão! Tanto a ostentação quando a bisbilhotice não entram no catálogo das virtudes dos santos. Muitos ícones modernos são um perfeito exemplo de como a exposição exagerada unida ao juízo da opinião popular causam depressão e outros distúrbios. Não há “espiadela” inocente, quando a razão de fundo é querer ser juiz impiedoso do irmão.

Catecismo, 2521: “A pureza exige o pudor. O pudor é parte integrante da temperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Designa a recusa de mostrar o que deve ficar oculto. Ordena-se à castidade e comprova-lhe a delicadeza. Orienta os olhares e as atitudes em conformidade com a dignidade das pessoas e com a união que existe entre elas”.

Francisco: “Neste tempo em que as redes e demais instrumentos da comunicação humana alcançaram progressos inauditos, sentimos o desafio de descobrir e transmitir a «mística» de viver juntos, misturarmo-nos, encontrarmo-nos, darmos o braço, apoiarmo-nos, participarmos nesta maré um pouco caótica que pode transformar-se numa verdadeira experiência de fraternidade, numa caravana solidária, numa peregrinação sagrada. Assim, as maiores possibilidades de comunicação traduzir-se-ão em novas oportunidades de encontro e solidariedade entre todos”. (EG, 87)

São Bento: “Façamos o que diz o profeta: "Eu disse, guardarei os meus caminhos para que não peque pela língua: pus uma guarda à minha boca: emudeci, humilhei-me e calei as coisas boas". [2] Aqui mostra o Profeta que, se, às vezes, se devem calar mesmo as boas conversas, por causa do silêncio, quanto mais não deverão ser suprimidas as más palavras, por causa do castigo do pecado?”. (Regra 6:Do silêncio, 1-2)

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

“Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?”


Jesus é o justo e veio restaurar a justiça. O sábado é o dia de descanso da antiga lei porque, na criação, Deus descansou no sétimo dia. É, portanto, o dia do Criador: dia consagrado ao descanso e ao louvor. Também na criação Deus fez a erva do campo e a entregou ao homem para alimento. Assim, tanto o sábado quanto a erva foram criados para o bem do homem, que precisa de alimento e de descanso.

O Filho do Homem é senhor do sábado e senhor da criação, pois o sábado e a erva foram criados para servir ao bem do homem! As leis religiosas devem preservar este sentido profundo, custodiando a glória de Deus e a vida do homem. As superstições, ao contrário, são um acanhamento das relações entre o homem e a criação de Deus, sinal do espírito do mundo, que se esquece de Deus e coloca irmão contra irmão.

Pode nos estranhar que os fariseus fossem tão estritos no cumprimento do sábado. Mas tem gente, hoje, que não tem força nem mesmo para quebrar uma dessas “mensagens-correntes” de internet, que temem pragas de todo tipo, ou ainda ficam cabreiros com chinelos virados, gatos pretos, ou caminhos por debaixo de escadas... Precisamos superar toda superstição, pois elas escravizam o coração e não promovem o bem.

Catecismo 347: “A criação foi feita em vista do Sábado e, portanto, do culto e da adoração de Deus. O culto está inscrito na ordem da criação (212) – «Operi Dei nihil preponatur – Nada se anteponha à obra de Deus (ao culto divino)» – diz a Regra de São Bento (213) indicando assim a justa ordem das preocupações humanas”.

Francisco: “Este dia anuncia ‘o descanso eterno do homem, em Deus’. Assim, a espiritualidade cristã integra o valor do repouso e da festa. O ser humano tende a reduzir o descanso contemplativo ao âmbito do estéril e do inútil, esquecendo que deste modo se tira à obra realizada o mais importante: o seu significado. Na nossa atividade, somos chamados a incluir uma dimensão receptiva e gratuita, o que é diferente da simples inatividade. Trata-se doutra maneira de agir, que pertence à nossa essência. Assim, a ação humana é preservada não só do ativismo vazio, mas também da ganância desenfreada e da consciência que se isola buscando apenas o benefício pessoal”. (LS, 237)

São Bento: “A ociosidade é inimiga da alma” (Regra 48: Do trabalho manual cotidiano, 1)


segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

“Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles?”


A festa é um lugar comum para todos os povos, culturas e épocas. O que é uma festa? É quando as pessoas se alegram, comem, dançam e se encontram. É uma desculpa, um parêntese entre as coisas sérias da vida. Jesus hoje fala de festa de casamento, e todo mundo entende.

Consigo escutar no Evangelho de hoje uma queixa de Deus: é mais fácil encontrar operários do que amigos. Afinal, Deus também quer gente que queira “curtir” com ele, simplesmente estar, gastar tempo saboreando sua presença: junto ao sacrário, meditando um salmo, cantando ou em silêncio. Muitas relações importantes terminam por “não perdermos tempo”: com os filhos, com os mais velhos, com os amigos... parece que somos ocupados demais, apesar de gastarmos tanto conosco mesmos.

Precisamos temperar as coisas em nossa vida de fé. É importante o trabalho incansável, mas também o louvor e a festa. Isto, que vale em todas as relações, também vale com Deus. Gente superficial vive de “tapinha nas costas” e “smiles”. Gente muito ocupada vive de trabalho, missões, tarefas e burocracias. Mas para tudo há um tempo. Só uma relação equilibrada com Deus tem garantia de durar, caso contrário, será sempre remendo novo em pano velho.

Catecismo 1698: “Peço que considereis que Jesus Cristo nosso Senhor é vossa verdadeira Cabeça e que vós sois um de seus membros. Ele é para vós o que a Cabeça é para os membros; tudo o que é dele é vosso, seu espírito, coração, corpo, alma e todas as suas faculdades, e deveis fazer uso disso como coisa vossa para servir, louvar, amar e glorificar a Deus. Vós sois em relação a Ele o que os membros são em relação à cabeça. Assim, Ele deseja ardentemente fazer uso de tudo o que está em vós para o serviço e a glória de seu Pai, como coisa sua”.

Francisco: “O Espírito Santo trabalha como quer, quando quer e onde quer; e nós gastamo-nos com grande dedicação, mas sem pretender ver resultados espetaculares. Sabemos apenas que o dom de nós mesmos é necessário. No meio da noss1a entrega criativa e generosa, aprendamos a descansar na ternura dos braços do Pai. Sigamos em frente, empenhemo-nos totalmente, mas deixemos que seja Ele a tornar fecundos, como melhor lhe parecer, os nossos esforços”. (EG, 279)


São Bento: “Porque a obediência prestada aos superiores é tributada a Deus. Ele próprio disse: 'Quem vos ouve, a mim me ouve'. E convém que seja prestada de boa vontade pelos discípulos, porque 'Deus ama aquele que dá com alegria'. Pois, se o discípulo obedecer de má vontade e se murmurar, mesmo que não com a boca, mas só no coração, ainda que cumpra a ordem, não será mais o seu ato aceito por Deus que vê seu coração a murmurar”. (Regra 5: Da obediência, 15-18)

domingo, 17 de janeiro de 2016

“Sua mãe disse aos que estavam servindo: ‘Fazei o que ele vos disser’”(...) “Jesus disse aos que estavam servindo: ‘Enchei as talhas de água’”. (Jo 2, 5. 7)


O abandono é dramático, pois traz consigo a morte; ao passo que o encontro, o cuidado e o amor carregam vida. Quando a primeira leitura de hoje falava Não mais te chamarão Abandonada, e tua terra não mais será chamada Deserta” (Is 62, 4), percebi um claro convite de Deus: a nação destruída precisava confiar em uma reviravolta. Deus garante o futuro! Mas pede paciência e fé em dias melhores.

“Abandonada e deserta”. Estas palavras recordavam-me as terras da tragédia: Rio Doce, Paris, Torres Gêmeas, Síria, Ruanda, Região serrana do RJ... lamentavelmente, lugares que passaram pelo abandono, violência, desolação e desespero. Nosso mundo também precisa de uma palavra profética capaz de renovar a esperança.

O vinho novo de Jesus é a resposta, e Nossa Senhora nos dá a dica: “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2, 5). Ela fala da docilidade ao Espírito Santo (Cf. 1Cor 12-13).
O Senhor não vem impor uma ordem desde fora, pois este não é o caminho. O Reino de Deus se constrói por dentro, qualquer outro trajeto é contra mão e perpetuação da violência. Deve surgir, mais uma vez, a profecia da “vida nova do Evangelho”, capaz de reconstruir o mundo e dar-lhe pleno sentido.

Catecismo 64: “Por meio dos profetas, Deus forma seu povo na esperança da salvação, na expectativa de uma Aliança nova e eterna destinada a todos os homens, e que será impressa nos corações. Os profetas anunciam uma redenção radical do Povo de Deus, a purificação de todas as suas infidelidades, uma salvação que incluirá todas as nações. Serão sobretudo os pobres e os humildes do Senhor os portadores desta esperança. As mulheres santas como Sara, Rebeca, Raquel, Míriam, Débora, Ana, Judite e Ester mantiveram viva a esperança da salvação de Israel. Delas todas, a figura mais pura é a de Maria”.

Francisco: “O descuido no compromisso de cultivar e manter um correto relacionamento com o próximo, relativamente a quem sou devedor da minha solicitude e custódia, destrói o relacionamento interior comigo mesmo, com os outros, com Deus e com a terra. Quando todas estas relações são negligenciadas, quando a justiça deixa de habitar na terra, a Bíblia diz-nos que toda a vida está em perigo”. (LS, 70)

São Bento: “Essa escada ereta é a nossa vida no mundo, a qual é elevada ao céu pelo Senhor, se nosso coração se humilha. Quanto aos lados da escada, dizemos que são o nosso corpo e alma, e nesses lados a vocação divina inseriu, para serem galgados, os diversos graus da humildade e da disciplina”. (Regra 7: Da humildade, 8-9)