domingo, 5 de julho de 2020



Sobre a Igreja e a leitura da Bíblia


"Não se leva o cristianismo a um país descarregando caixas de Bíblia em um porto, mas é necessário estar disposto a morrer por ele (o Evangelho), é preciso pregá-lo de palavra e de obra, e não contentar-se em enviar Bíblias em vez de a si mesmo. Como é possível errar até chegar a este nível? Não seria este o resultado de um tempo que não sabe nada sobre como pregou Jesus o Evangelho, como o pregaram os Apóstolos e como derrubaram o paganismo?

(...)

Eu não quero fomentar a separação entre Bíblia e Igreja, mas a união entre uma e outra. Não quero tirar a Bíblia dos fiéis, mas muito menos quero tirar os fiéis da Igreja. A experiência de que a leitura popular da Bíblia fez aparecer grande erros, procede de que não se pregou antes o Evangelho nas Igrejas onde os erros apareceram. A causa, então, não foi a Bíblia, mas a má educação cristã dada pelos eclesiásticos. De modo que de um mal saiu outro".

(Möhler, Johann Adam "Anexo 3/8. Sobre la Igresia y la lectura de la Biblia" (1825) La unidad de la Iglesia. El principio del catolicismo expuesto según el espíritu de los Padres de la Iglesia de los tres primeros siglos, Ediciones Eunate, Pamplona 1996, 455).