(29/01/2016) “Ele vai dormir e acorda,
noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso
acontece”. (Mc 4, 27)
A primeira coisa que me veio à
mente quando pensava nas parábolas do Evangelho de hoje foi a importância da
presença. De fato é um mistério. O homem, por si, não pode germinar a semente, nem
a semente sem o homem ou a terra, tampouco a terra produz espontaneamente a
vida. Cada elemento é importante no processo, que se dá no encontro, na
coexistência mútua. Tal é a comparação que Jesus faz do Reino de Deus.
Madre Tereza de Calcutá disse,
certa vez: “Talvez você seja a única Bíblia que o seu irmão lê”. Aquele que
traz em si a graça do Espírito Santo, que procura viver a Palavra de Deus, que
recebe os sacramentos, que reza, que faz o bem e é misericordioso... torna-se,
realmente, uma semente ambulante. O milagre do Reino passa por ele exige a sua
presença.
Quantas vezes o cristão foge
dos encontros que Deus lhe prepara: cortamos volta dos problemas, das pessoas
que nos parecem repelentes, dos incômodos, dos mais pobres e necessitados. Jesus,
hoje, nos convida a provocarmos encontros com nosso irmãos. Grandes milagres
podem acontecer simplesmente pela presença de um cristão: junto ao leito de um
hospital, nas penitenciárias, nas escolas, nas famílias, nas crises, na
política, nos lugares públicos.
Catecismo 864: “Sendo Cristo
enviado pelo Pai a fonte e a origem de todo apostolado da Igreja, é evidente
que a fecundidade do apostolado, tanto nos ministros ordenados como o dos
leigos, depende de sua união estável com Cristo. De acordo com as vocações, os
apelos da época e osdons variados do Espírito Santo, o apostolado assume as
formas mais diversas. Mas é sempre a caridade, haurida sobretudo da Eucaristia,
que é como a alma de todo apostolado”.
Francisco: “Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida
de Jesus Cristo! Repito aqui, para toda a Igreja, aquilo que muitas vezes disse
aos sacerdotes e aos leigos de Buenos Aires: prefiro uma Igreja acidentada,
ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo
fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças”. (EG 49)
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