sábado, 30 de janeiro de 2016

(29/01/2016) “Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece”. (Mc 4, 27)


A primeira coisa que me veio à mente quando pensava nas parábolas do Evangelho de hoje foi a importância da presença. De fato é um mistério. O homem, por si, não pode germinar a semente, nem a semente sem o homem ou a terra, tampouco a terra produz espontaneamente a vida. Cada elemento é importante no processo, que se dá no encontro, na coexistência mútua. Tal é a comparação que Jesus faz do Reino de Deus.

Madre Tereza de Calcutá disse, certa vez: “Talvez você seja a única Bíblia que o seu irmão lê”. Aquele que traz em si a graça do Espírito Santo, que procura viver a Palavra de Deus, que recebe os sacramentos, que reza, que faz o bem e é misericordioso... torna-se, realmente, uma semente ambulante. O milagre do Reino passa por ele exige a sua presença.

Quantas vezes o cristão foge dos encontros que Deus lhe prepara: cortamos volta dos problemas, das pessoas que nos parecem repelentes, dos incômodos, dos mais pobres e necessitados. Jesus, hoje, nos convida a provocarmos encontros com nosso irmãos. Grandes milagres podem acontecer simplesmente pela presença de um cristão: junto ao leito de um hospital, nas penitenciárias, nas escolas, nas famílias, nas crises, na política, nos lugares públicos.

Catecismo 864: “Sendo Cristo enviado pelo Pai a fonte e a origem de todo apostolado da Igreja, é evidente que a fecundidade do apostolado, tanto nos ministros ordenados como o dos leigos, depende de sua união estável com Cristo. De acordo com as vocações, os apelos da época e osdons variados do Espírito Santo, o apostolado assume as formas mais diversas. Mas é sempre a caridade, haurida sobretudo da Eucaristia, que é como a alma de todo apostolado”.


Francisco: “Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! Repito aqui, para toda a Igreja, aquilo que muitas vezes disse aos sacerdotes e aos leigos de Buenos Aires: prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças”. (EG 49)

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