segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

“Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles?”


A festa é um lugar comum para todos os povos, culturas e épocas. O que é uma festa? É quando as pessoas se alegram, comem, dançam e se encontram. É uma desculpa, um parêntese entre as coisas sérias da vida. Jesus hoje fala de festa de casamento, e todo mundo entende.

Consigo escutar no Evangelho de hoje uma queixa de Deus: é mais fácil encontrar operários do que amigos. Afinal, Deus também quer gente que queira “curtir” com ele, simplesmente estar, gastar tempo saboreando sua presença: junto ao sacrário, meditando um salmo, cantando ou em silêncio. Muitas relações importantes terminam por “não perdermos tempo”: com os filhos, com os mais velhos, com os amigos... parece que somos ocupados demais, apesar de gastarmos tanto conosco mesmos.

Precisamos temperar as coisas em nossa vida de fé. É importante o trabalho incansável, mas também o louvor e a festa. Isto, que vale em todas as relações, também vale com Deus. Gente superficial vive de “tapinha nas costas” e “smiles”. Gente muito ocupada vive de trabalho, missões, tarefas e burocracias. Mas para tudo há um tempo. Só uma relação equilibrada com Deus tem garantia de durar, caso contrário, será sempre remendo novo em pano velho.

Catecismo 1698: “Peço que considereis que Jesus Cristo nosso Senhor é vossa verdadeira Cabeça e que vós sois um de seus membros. Ele é para vós o que a Cabeça é para os membros; tudo o que é dele é vosso, seu espírito, coração, corpo, alma e todas as suas faculdades, e deveis fazer uso disso como coisa vossa para servir, louvar, amar e glorificar a Deus. Vós sois em relação a Ele o que os membros são em relação à cabeça. Assim, Ele deseja ardentemente fazer uso de tudo o que está em vós para o serviço e a glória de seu Pai, como coisa sua”.

Francisco: “O Espírito Santo trabalha como quer, quando quer e onde quer; e nós gastamo-nos com grande dedicação, mas sem pretender ver resultados espetaculares. Sabemos apenas que o dom de nós mesmos é necessário. No meio da noss1a entrega criativa e generosa, aprendamos a descansar na ternura dos braços do Pai. Sigamos em frente, empenhemo-nos totalmente, mas deixemos que seja Ele a tornar fecundos, como melhor lhe parecer, os nossos esforços”. (EG, 279)


São Bento: “Porque a obediência prestada aos superiores é tributada a Deus. Ele próprio disse: 'Quem vos ouve, a mim me ouve'. E convém que seja prestada de boa vontade pelos discípulos, porque 'Deus ama aquele que dá com alegria'. Pois, se o discípulo obedecer de má vontade e se murmurar, mesmo que não com a boca, mas só no coração, ainda que cumpra a ordem, não será mais o seu ato aceito por Deus que vê seu coração a murmurar”. (Regra 5: Da obediência, 15-18)

Nenhum comentário:

Postar um comentário