“Jesus subiu ao monte e chamou os que desejava escolher. E foram até ele.” (Mc 3, 13)
Jesus escolhe os apóstolos não para promovê-los, mas para
colocá-los a serviço. Aqui não há lugar para preferências ou afinidades, mas
para a soberana e sapiente vontade de Deus. Deus sabe o que é o melhor para nós.
E continua chamando operários para sua messe.
O grande problema vocacional, às vezes, são as resistências familiares. Muitos julgam que é uma demonstração de amor segurar os filhos em casa. Não entendem que isto é apego e causa um grande sofrimento para o interessado. A família deveria, sim, acompanhar o processo: interessando-se, apoiando e questionando... Na maioria dos casos, entretanto, mesmo nas famílias que aceitam a vocação de seus filhos, o que acontece é que o jovem faz um caminho muito solitário e, muitas vezes, difícil e doloroso.
Nunca nos esqueçamos de que Jesus é bom! Quando ele elege os seus, quer o bem para o indivíduo e para toda a humanidade. Famílias, não tenham medo de ouvir a voz do
Espírito Santo! Àqueles que a ouvem com simplicidade, têm a coragem e as
luzes de Deus.
Catecismo 2232: “São importantes, mas não absolutos, os laços familiares.
Quanto mais a criança cresce para a maturidade e autonomia humanas e
espirituais, tanto mais a sua vocação individual, que vem de Deus, se afirma
com nitidez e força. Os pais devem respeitar este chamamento e apoiar a
resposta dos filhos para o seguir. Hão-de convencer-se de que a primeira
vocação do cristão é seguir Jesus: «Quem ama o pai ou a mãe mais do
que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim,
não é digno de Mim» (Mt 10, 37).”
Francisco: “Na origem de cada vocação à vida consagrada existe sempre uma
experiência forte de Deus, uma experiência que não se esquece, que se recorda
por toda a vida! Foi o que aconteceu com Francisco. E isso nós não podemos
calcular ou programar. Deus nos surpreende sempre! É Deus que chama; porém é
importante ter uma relação cotidiana com Ele, escutá-Lo em silêncio diante do
Tabernáculo e no íntimo de nós mesmos, falar com Ele, aproximar-se dos
Sacramentos. Ter esta relação familiar com o Senhor é como ter aberta a janela
da nossa vida para que Ele nos faça ouvir sua voz, o que Ele quer de nós.”. (04/10/2013)
São Bento: “Procurando o Senhor o seu operário na multidão do povo, ao
qual clama estas coisas, diz ainda: "Qual é o homem que quer a vida e deseja ver dias
felizes?" Se, ouvindo, responderes: "Eu", dir-te-á Deus: "Se queres possuir a
verdadeira e perpétua vida, guarda a tua língua de dizer o mal e que teus
lábios não profiram a falsidade, afasta-te do mal e faze o bem, procura a paz e
segue-a". (...)Que há de mais doce para nós, caríssimos irmãos, do que esta voz do
Senhor a convidar-nos?” (Prólogo da Regra, 14-17.19)
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