sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

“Jesus subiu ao monte e chamou os que desejava escolher. E foram até ele.” (Mc 3, 13)


Jesus escolhe os apóstolos não para promovê-los, mas para colocá-los a serviço. Aqui não há lugar para preferências ou afinidades, mas para a soberana e sapiente vontade de Deus. Deus sabe o que é o melhor para nós. E continua chamando operários para sua messe.

O grande problema vocacional, às vezes, são as resistências familiares. Muitos julgam que é uma demonstração de amor segurar os filhos em casa. Não entendem que isto é apego e causa um grande sofrimento para o interessado. A família deveria, sim, acompanhar o processo: interessando-se, apoiando e questionando... Na maioria dos casos, entretanto, mesmo nas famílias que aceitam a vocação de seus filhos, o que acontece é que o jovem faz um caminho muito solitário e, muitas vezes, difícil e doloroso.

Nunca nos esqueçamos de que Jesus é bom! Quando ele elege os seus, quer o bem para o indivíduo e para toda a humanidade. Famílias, não tenham medo de ouvir a voz do Espírito Santo! Àqueles que a ouvem com simplicidade, têm a coragem e as luzes de Deus.

Catecismo 2232: São importantes, mas não absolutos, os laços familiares. Quanto mais a criança cresce para a maturidade e autonomia humanas e espirituais, tanto mais a sua vocação individual, que vem de Deus, se afirma com nitidez e força. Os pais devem respeitar este chamamento e apoiar a resposta dos filhos para o seguir. Hão-de convencer-se de que a primeira vocação do cristão é seguir Jesus: «Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim» (Mt 10, 37).”

Francisco: Na origem de cada vocação à vida consagrada existe sempre uma experiência forte de Deus, uma experiência que não se esquece, que se recorda por toda a vida! Foi o que aconteceu com Francisco. E isso nós não podemos calcular ou programar. Deus nos surpreende sempre! É Deus que chama; porém é importante ter uma relação cotidiana com Ele, escutá-Lo em silêncio diante do Tabernáculo e no íntimo de nós mesmos, falar com Ele, aproximar-se dos Sacramentos. Ter esta relação familiar com o Senhor é como ter aberta a janela da nossa vida para que Ele nos faça ouvir sua voz, o que Ele quer de nós.”. (04/10/2013)


São Bento: “Procurando o Senhor o seu operário na multidão do povo, ao qual clama estas coisas, diz ainda: "Qual é o homem que quer a vida e deseja ver dias felizes?" Se, ouvindo, responderes: "Eu", dir-te-á Deus: "Se queres possuir a verdadeira e perpétua vida, guarda a tua língua de dizer o mal e que teus lábios não profiram a falsidade, afasta-te do mal e faze o bem, procura a paz e segue-a". (...)Que há de mais doce para nós, caríssimos irmãos, do que esta voz do Senhor a convidar-nos?” (Prólogo da Regra, 14-17.19)

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