(09/02/2016) “Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”. (Mc 7, 8)
Catecismo 1865: “O pecado gera
uma propensão ao pecado; gera o vício pela repetição dos mesmos atos. Disso
resultam inclinações perversas que obscurecem a consciência e corrompem a
avaliação concreta do bem e do mal. Assim, o pecado tende a reproduzir-se e a
reforçar-se, mas não consegue destruir o senso moral até a raiz”.
Francisco: “No seu constante
discernimento, a Igreja pode chegar também a reconhecer costumes próprios não
diretamente ligados ao núcleo do Evangelho, alguns muito radicados no curso da
história, que hoje já não são interpretados da mesma maneira e cuja mensagem
habitualmente não é percebida de modo adequado. Podem até ser belos, mas agora
não prestam o mesmo serviço à transmissão do Evangelho. Não tenhamos medo de os
rever! Da mesma forma, há normas ou preceitos eclesiais que podem ter sido
muito eficazes noutras épocas, mas já não têm a mesma força educativa como
canais de vida. São Tomás de Aquino sublinhava que os preceitos dados por
Cristo e pelos Apóstolos ao povo de Deus são pouquíssimos. E, citando Santo
Agostinho, observava que os preceitos adicionados posteriormente pela Igreja se
devem exigir com moderação, para não tornar pesada a vida aos fiéis nem
transformar a nossa religião numa escravidão, quando a misericórdia de Deus
quis que fosse livre. Esta advertência, feita há vários séculos, tem uma atualidade
tremenda. Deveria ser um dos critérios a considerar, quando se pensa numa
reforma da Igreja e da sua pregação que permita realmente chegar a todos”. (EG,
43)
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