“Um profeta só não é estimado
em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. (Mc 6, 4)
Diz o dito popular que: “Santo de casa não faz milagre”. Sinceramente não vejo as coisas assim. Creio que os famosos “santos domésticos” são os mais milagrosos. Podem não ser reconhecidos, ou, talvez, seus milagres sejam “domésticos demais” para elogios superficiais. Entretanto, eles são alicerces da Igreja.
Famílias cristãs, por
exemplo, não costumam curar leprosos ou ressuscitar mortos, mas trazem consigo
um grande milagre. Esta semana mesmo eu presenciei um: porque os pais se
confessam com frequência, uma criança pediu espontaneamente para se confessar
também e, posso afirmar, se confessou muitíssimo bem! De fazer inveja até no
padre.
Santos de casa fazem milagres
sim! Geram verdadeiros cristãos, sua amizade atrai pessoas para Deus, seu
testemunho – muitas vezes difícil – faz deles referências em sua família, sua
oração garante o Céu e resolve questões de muita gente que está perto demais
para poder agradecer. Talvez no leito de morte eles recebam um pouco mais de reconhecimento,
como aconteceu com Jesus na cruz – e depois da cruz –, mas isso não retirará a
glória. Muito obrigado, meus queridos intercessores: meus santos de casa.
Catecismo 2205: “A família
cristã é uma comunhão de pessoas, vestígio e imagem da comunhão do Pai, do
Filho e do Espírito Santo. Sua atividade fecunda e educadora é o reflexo da
obra criadora do Pai. Ela é chamada a partilhar da oração e do sacrifício de
Cristo. A oração cotidiana e a leitura da Palavra de Deus fortificam nela a
caridade. A família cristã é evangelizadora e missionária”.
Francisco: “A própria
família ou o lugar de trabalho podem ser também o tal ambiente árido, onde há
que conservar a fé e procurar irradiá-la. Mas é precisamente a partir da
experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria de
crer, a sua importância vital para nós, homens e mulheres. No deserto, é
possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo,
no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da
vida, ainda que muitas vezes expressos implícita ou negativamente. E, no
deserto, existe sobretudo a necessidade de pessoas de fé que, com as suas
próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva
a esperança”. (EG 86)
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