“Jesus chamou os doze e
começou a enviá-los dois a dois”. (Mc 6, 7)
Jesus não estabeleceu
missionários com bíblias debaixo do braço. O texto de Marcos (6, 7-13) limita-se
a alusões sobre uma mensagem: “Se em algum lugar não vos receberem, nem
quiserem vos escutar” (v. 11) e “então os doze partiram e pregaram que todos se
convertessem” (v. 12). Também não levavam muitas coisas materiais: “nem pão,
nem sacola, nem dinheiro na cintura”.
O que traziam os missionários? O
que podiam oferecer? Em primeiro lugar, tinham um Deus: o do Senhor Jesus Cristo.
Em segundo lugar, levavam um modo específico de vida: fraterna, comunitária, simples,
pautada no amor que vem de Deus. Esta era a sua mensagem e para esta direção
pregavam a conversão.
A tradição apostólica não se
limita, portanto, a um código escrito, que tem sua importância, mas ela inclui
necessariamente uma forma de vida (modus vivendi): O amor a Deus e ao próximo é
a regra máxima da moral cristã, e a paternidade de Deus Uno e Trino, seu mais
alto artigo de fé. Estes são os elementos da autenticidade do cristianismo, só
depois apareceram as escrituras, os livros e os códigos.
Catecismo 76: “A transmissão
do Evangelho, segundo a ordem do Senhor, se fez de duas maneiras: - oralmente: ‘pelos
apóstolos, que na pregação oral, por exemplos e instituições, transmitem
aquelas coisas que ou receberam das palavras, da convivência ou das obras de
Cristo ou aprenderam das sugestões do Espírito Santo’; - por escrito: ‘como
também por aqueles apóstolos e varões apostólicos que, sob inspiração do mesmo
Espírito Santo, puseram por escrito a mensagem da salvação’”.
Francisco: “Recuperemos
e aumentemos o fervor de espírito, a suave e reconfortante alegria de evangelizar, mesmo quando for
preciso semear com lágrimas! (...) E que o mundo do nosso tempo, que procura,
ora na angústia ora com esperança, possa receber a Boa-Nova dos lábios, não de
evangelizadores tristes e descoroçoados, impacientes ou ansiosos, mas sim de
ministros do Evangelho cuja vida irradie fervor, pois foram quem primeiro
recebeu em si a alegria de Cristo” (EG 10)
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