quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois”. (Mc 6, 7)


Jesus não estabeleceu missionários com bíblias debaixo do braço. O texto de Marcos (6, 7-13) limita-se a alusões sobre uma mensagem: “Se em algum lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar” (v. 11) e “então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem” (v. 12). Também não levavam muitas coisas materiais: “nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura”.

O que traziam os missionários? O que podiam oferecer? Em primeiro lugar, tinham um Deus: o do Senhor Jesus Cristo. Em segundo lugar, levavam um modo específico de vida: fraterna, comunitária, simples, pautada no amor que vem de Deus. Esta era a sua mensagem e para esta direção pregavam a conversão.

A tradição apostólica não se limita, portanto, a um código escrito, que tem sua importância, mas  ela inclui necessariamente uma forma de vida (modus vivendi): O amor a Deus e ao próximo é a regra máxima da moral cristã, e a paternidade de Deus Uno e Trino, seu mais alto artigo de fé. Estes são os elementos da autenticidade do cristianismo, só depois apareceram as escrituras, os livros e os códigos.

Catecismo 76: “A transmissão do Evangelho, segundo a ordem do Senhor, se fez de duas maneiras: - oralmente: ‘pelos apóstolos, que na pregação oral, por exemplos e instituições, transmitem aquelas coisas que ou receberam das palavras, da convivência ou das obras de Cristo ou aprenderam das sugestões do Espírito Santo’; - por escrito: ‘como também por aqueles apóstolos e varões apostólicos que, sob inspiração do mesmo Espírito Santo, puseram por escrito a mensagem da salvação’”.


Francisco: Recuperemos e aumentemos o fervor de espírito, a suave e reconfortante alegria de evangelizar, mesmo quando for preciso semear com lágrimas! (...) E que o mundo do nosso tempo, que procura, ora na angústia ora com esperança, possa receber a Boa-Nova dos lábios, não de evangelizadores tristes e descoroçoados, impacientes ou ansiosos, mas sim de ministros do Evangelho cuja vida irradie fervor, pois foram quem primeiro recebeu em si a alegria de Cristo” (EG 10)

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