"E a fama de Jesus se espalhou por toda a parte, em toda redondeza". (Mc 1, 28)
Ainda hoje, em muitos ambientes, a maior motivação missionária parece ser "ensinar sobre Jesus", "levar o que os outros não têm", e isto não perderá o seu valor enquanto houver realidades tenebrosas e difíceis, onde impera a maldade do homem, o vício, a violência, o desamor...
Entretanto, o cristão é, em primeiro lugar, testemunha de
uma experiência. Quero com isto dizer que a primeira "missão" do
cristão é procurar bem viver a sua fé e aprofundar-se cada vez mais nela.
Assim, ser missionário é “viver Cristo” em todas as
realidades da Terra: alguns serão chamados a transpor fronteiras, outros darão fruto
onde Deus os fez nascer, mas a primeira motivação deve ser sempre viver a
extraordinária experiência da vida nova do Cristão.
Catecismo 1693: “Cristo fez sempre aquilo que era do agrado
do Pai. Viveu sempre em perfeita comunhão com Ele. De igual modo, os seus
discípulos são convidados a viver sob o olhar do Pai, ‘que vê no segredo’ (Mt 6,
6), para se tornarem ‘perfeitos como o Pai celeste é perfeito’ (Mt 5, 47)”.
Francisco: “Convido todo o cristão, em qualquer lugar e
situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus
Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de o
procurar dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este
convite não lhe diz respeito, já que «da alegria trazida pelo Senhor ninguém é
excluído»1. Quem arrisca, o Senhor não o desilude; e, quando alguém dá um
pequeno passo em direção a Jesus, descobre que Ele já aguardava de braços
abertos a sua chegada”. (EG, 3)
São Bento: “Não querer ser tido como santo antes
que o seja, mas primeiramente sê-lo para que como tal o tenham com mais
fundamento”. (Regra 4:Quais são os instrumentos das boas obras, 62)
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