terça-feira, 24 de maio de 2016



“Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que o Espírito receberá e vos anunciará, é meu”. (Jo 16, 15)


O mistério da Santíssima Trindade é central em nossa fé, pois é o mistério do Deus que cremos e amamos. Na verdade, é isso que qualquer pessoa pode pedir ao seu amigo: Não precisamos entender todo mundo, mas podemos aceitá-los e amá-los. Quanto mais amamos, mais queremos conhecer-nos, e mais vamos amando-nos uns aos outros.

Também com Deus é assim: Não precisamos entender Deus até o fundo de seu mistério, mas, ainda assim, podemos crer, aceitar e amar a Deus. A vontade de conhecer mais a Deus precisa ser fruto do amor, não da crítica, da dúvida ou do tédio. Tem gente que se perde em uma especulação quase “científica” de Deus. Isso não é humano e nem real... é pura ficção.

Já imaginou se nós só nos relacionássemos nesta vida com quem nós entendemos completamente? Se pedíssemos currículos, prontuários e laudos de todos os nossos amigos ou parentes? Pois é! Isto não é humano e nem real. Relacionar-se é aceitar riscos, é aceitar e amar, é fazer o outro crescer e crescer durante o processo. Bendito seja o Deus que se deu a conhecer: Glória ao Pai ao Filho e ao Espírito Santo!

Catecismo 257: “‘O lux beata Trinitas etprincipalis Unitas – Oh luz, Trindade bendita. Oh primordial Unidade’! Deus é beatitude eterna, vida imortal, luz sem ocaso. Deus é amor: Pai, Filho e Espírito Santo Livremente, Deus quer comunicar a glória de sua vida bem-aventurada. Este é o 'desígnio' de benevolência (Ef 1,9) que ele 'concebeu desde antes da criação do mundo no seu Filho bem-amado predestinando-nos à adoção filial neste' (Ef 1,5), isto é, 'a reproduzir a imagem do seu Filho' (Rm 8,29) graças ao 'Espírito de adoção filial' (Rm 8,5). Esta decisão prévia é uma 'graça concedida antes de todos os séculos' (2Tm 1,9), proveniente diretamente do amor trinitário. Ele se desdobra na obra da criação, em toda história da salvação após a queda, nas missões do Filho e do Espírito, prolongadas pela missão da Igreja.

Papa Francisco: “O mistério da Trindade fala também da nossa relação com o Pai, o Filho e o Espírito Santo, pois esta ‘família divina’ não está fechada em si própria, mas é aberta e comunica-se na criação e na história. Assim, a Festa da Santíssima Trindade convida-nos a empenharmo-nos nos acontecimentos do quotidiano para ser fermento de comunhão, de consolação e de misericórdia” (22/05/2016).

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