“Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que o Espírito receberá e vos anunciará, é meu”. (Jo 16, 15)
O mistério da Santíssima Trindade é central em nossa fé,
pois é o mistério do Deus que cremos e amamos. Na verdade, é isso que qualquer
pessoa pode pedir ao seu amigo: Não precisamos entender todo mundo, mas podemos
aceitá-los e amá-los. Quanto mais amamos, mais queremos conhecer-nos, e mais
vamos amando-nos uns aos outros.
Também com Deus é assim: Não precisamos entender Deus até
o fundo de seu mistério, mas, ainda assim, podemos crer, aceitar e amar a Deus.
A vontade de conhecer mais a Deus precisa ser fruto do amor, não da crítica, da
dúvida ou do tédio. Tem gente que se perde em uma especulação quase “científica”
de Deus. Isso não é humano e nem real... é pura ficção.
Já imaginou se nós só nos relacionássemos nesta vida com
quem nós entendemos completamente? Se pedíssemos currículos, prontuários e
laudos de todos os nossos amigos ou parentes? Pois é! Isto não é humano e nem
real. Relacionar-se é aceitar riscos, é aceitar e amar, é fazer o outro crescer
e crescer durante o processo. Bendito seja o Deus que se deu a conhecer: Glória
ao Pai ao Filho e ao Espírito Santo!
Catecismo 257: “‘O
lux beata Trinitas etprincipalis Unitas – Oh luz, Trindade bendita. Oh
primordial Unidade’! Deus é beatitude eterna, vida imortal, luz sem ocaso. Deus
é amor: Pai, Filho e Espírito Santo Livremente, Deus quer comunicar a glória de
sua vida bem-aventurada. Este é o 'desígnio' de benevolência (Ef 1,9)
que ele 'concebeu desde antes da criação do mundo no seu Filho bem-amado
predestinando-nos à adoção filial neste' (Ef 1,5), isto é, 'a
reproduzir a imagem do seu Filho' (Rm 8,29) graças ao 'Espírito de
adoção filial' (Rm 8,5). Esta decisão prévia é uma 'graça concedida
antes de todos os séculos' (2Tm 1,9), proveniente diretamente do amor
trinitário. Ele se desdobra na obra da criação, em toda história da salvação
após a queda, nas missões do Filho e do Espírito, prolongadas pela missão da
Igreja.
Papa Francisco: “O mistério da Trindade fala também da
nossa relação com o Pai, o Filho e o Espírito Santo, pois esta ‘família divina’
não está fechada em si própria, mas é aberta e comunica-se na criação e na
história. Assim, a Festa da Santíssima Trindade convida-nos a empenharmo-nos
nos acontecimentos do quotidiano para ser fermento de comunhão, de consolação e
de misericórdia” (22/05/2016).
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