domingo, 24 de abril de 2016



Eu vos dou um novo mandamento


Na Última Ceia, Nosso Senhor nos deixou três presentes (relíquias): A Eucaristia, que é o alimento da vida eterna; o sacerdócio, que oferece o único sacrifício capaz de apagar nossos pecados; e o mandamento do amor, que é um caminho seguro de nos assemelharmos a Deus: entendido bem, podemos dizer que o amor é a força mais poderosa do universo. Estes três presentes estão intimamente ligados, de fato, um não tem sentido sem o outro.

Em alguns ambientes, já percebi a tentação de tratar o mandamento do amor (Amai-vos uns aos outros como eu vos amei), não como um auxílio em nosso caminho de iluminação, ou “cristificação”, mas como um fardo pesado de se carregar, pedra de tropeço, melhor que não existisse... Meus amigos, como esta ideia está distante de Jesus Cristo, nossa vida!

Nós somos um todo bem unido e, seguramente, se não estamos bem com nosso irmão, também não estaremos bem com Deus, nem conosco mesmos, nem com a criação de Deus. Não dá pra acreditar que um ódio guardado não tenha importância quando nos ajoelhamos para rezar. Preste atenção em dois versículos do Novo Testamento: “Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta” (Mt 5, 23-24); e “se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso” (1Jo 4, 20).

Catecismo 1337: “Tendo amado os seus, o Senhor amou-os até o fim. Sabendo que chegara a sua hora de partir deste mundo para voltar a seu Pai, no decurso de uma refeição lavou-lhes os pés e deu-lhes o mandamento do amor. Para deixar-lhes uma garantia deste amor, para nunca afastar-se dos seus e para fazê-los participar de sua Páscoa, instituiu a Eucaristia como memória de sua morte e de sua ressurreição, e ordenou aos seus apóstolos que a celebrassem até a sua volta, ‘constituindo-os então sacerdotes do Novo Testamento’”.

Francisco: “O mandamento do amor a Deus e ao próximo não é o primeiro porque está no topo da lista dos mandamentos. Jesus não o coloca no alto, mas no centro, porque é o coração de onde tudo deve começar e retornar; é a referência”. (26/10/2014)

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