quarta-feira, 22 de agosto de 2018




Um olho que tudo vê?


As culturas antigas são fascinantes! Têm de tudo: Deus do trovão, rainha dos mares, olho que tudo vê, um deus para o nascimento e outro para destruição... uma verdadeira infinidade de personificações que são inegável tentativa de compreender o misterioso universo que nos cerca.

O homem é indefeso ante a grandeza da criação. Mesmo a ciência, pretensa senhora da verdade, reconhece-se como uma eterna aprendiz da natureza tal e qual se apresenta ao homem: tanto no mais ínfimo reino das partículas elementares, quanto no magno reino dos corpos celestes.

O desejo humano de conhecer não se rende! E faz muito tempo que as explicações antigas perderam seu lugar para a luz da Revelação Cristã, onde é plenamente reconhecida a capacidade do homem de conhecer a existência de Deus com as luzes da sua razão, mas não de conhecer todas as coisas que existem, pois a existência não se esgota no que a criatura pode contemplar pelos cinco sentidos.

Os microscópios, telescópios e outros “sensores” amplificam em muito o alcance dos cinco sentidos naturais, mas não são capazes de transcendê-los para uma ordem superior, inimaginável para os sentidos.

O que o olho não pode ver, o tato pode sentir; o que extravasa ao tato, pode ser sentido pelo paladar, pela audição ou pelo olfato. Mas o que transcende a todos estes sentidos, humanos ou biônicos, quem o poderá perceber? O que não pode ser percebido não existe? Será?

Ainda resta a razão humana, que pode concluir com cálculos e probabilidades o que os sentidos não podem tocar, mas também esta é limitada e constantemente superada em um sem fim de descobertas diárias, desde a invenção da roda até a última variação genética do vírus da gripe. O filósofo Pascal diria que “o coração tem razões que a própria razão desconhece”.

Talvez alguns homens gostariam de ter um “olho que tudo vê”, mas este, sem dúvida, não pertence a homem algum. Pertence somente a Deus.


E, a propósito, quem foi o primeiro que disse que o desafio do jogador Dele Alli Challenge, do dia 11 de agosto de 2018, tem alguma coisa a ver com o “olho que tudo vê”? PELO AMOR DE DEUS!  Não tem nada a ver! kkkk


Contudo, para elevar o nível, um pensamento de Blaise Pascal, matemático e filósofo francês (e católico):
“O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante.
Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo: um vapor, uma gota de água, bastam para matá-lo.
Mas, mesmo que o universo o esmagasse, o homem seria ainda mais nobre do que quem o mata, porque sabe que morre e a vantagem que o universo tem sobre ele; o universo, entretanto, desconhece tudo isso”.




Nenhum comentário:

Postar um comentário